Saúde enfatiza importância do autoexame da mama

Nos últimos três anos 6,5% das mamografias realizadas no município registraram alterações, revela estudo
Ascom

“Muitas mulheres se submetem ao exame de mamografia, recebem o resultado, mas deixam os envelopes fechados na bolsa ou em casa no fundo da gaveta, não sabendo que com isto retardam o tratamento contra o câncer de mama”. O alerta é feito pela enfermeira Tatiana Luz, coordenadora de Saúde da Mulher da Secretaria da Saúde da Prefeitura.

“Nos últimos três anos 6,5% das mamografias realizadas no município registraram alterações, o que é equivalente a 158 casos submetidos a tratamento clínico, radiológico e quimioterápico”, explicou a coordenadora durante palestra de conscientização sobre a prevenção da doença, ocorrida na sexta-feira (4) como parte da campanha Itabuna Rosa, organizada pelo Departamento de Média e Alta Complexidade e o Centro de Prevenção em Oncologia (CEPRON).  

Além de Tatiana Luz, também foram palestrantes o mastologista Luciano Peixoto, a coordenadora do Departamento de Média e Alta Complexidade da Secretaria da Saúde, Aline Anjos, e a coordenara do Grupo Se Toque, Sueli Dias. Todos fizeram questão de enfatizar a necessidade de as mulheres fazerem o autoexame das mamas uma vez por mês, em busca de deformações ou alterações no formato das mamas, ferida ou tumor ao redor do mamilo ou qualquer nódulo. Para as mulheres que menstruam a recomendação é fazer a apalpação logo após a menstruação e para aquelas que não menstruam mais, fazer uma vez por mês, sempre na mesma data, diante do espelho.

Tatiana Luz explica que, a partir da busca ativa com visitas domiciliares por profissionais de saúde e agentes comunitários da saúde, tendo como base o Sistema de Informações do Câncer de Mama – Sismama tem sido possível iniciar o tratamento de mulheres, cujas mamografias apontam alterações. O Sismama foi implantado nacionalmente em junho de 2009 pelo Ministério da Saúde e o banco de dados é alimentado diariamente pelos prestadores de serviços médicos – consultórios, hospitais, etc.

O Ministério da Saúde recomenda que mulheres de 40 a 49 anos realizem anualmente o exame clínico das mamas e, se houver alterações, devem submeter-se a mamografia diagnóstica. Já as mulheres de 50 a 69 anos devem fazer exame clínico e mamografia de rastreamento a cada dois anos, enquanto para as mulheres de 35 anos ou mais com risco elevado é recomendado exame clínico e mamografia de rastreamento anual se, pelo histórico familiar tiver pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama abaixo dos 50 anos de idade, câncer de mama bilateral ou câncer de ovário em qualquer faixa etária.